TIRADENTES
1-como morreu tiradentes ?
apos o enforcamento o corpo de tiradentes foi separado em quatro partes e foram expostas no caminho entre o rio de janeiro e minas gerais sua cabeça ficou exposta em um poste em praça publica.
2-Sabemos que Joaquim José da Silva Xavier nasceu no ano de 1746, mas a sua família não teve o
cuidado de anotar a data exata do nascimento. Certo mesmo, é que Joaquim José foi batizado pelo padre
João Gonçalves Chaves no dia 12 de novembro de 1746 na capela de São Sebastião do Rio Abaixo, que
ficava na própria fazenda, filial da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de São João Del Rei. No assento
de batismo, consta que o seu padrinho foi o senhor Sebastião Ferreira Leitão e não teve madrinha, que
ficou sendo Nossa Senhora da Ajuda. Desconhece-se o motivo pelo qual o batizaram com o nome de
Joaquim e pouco se sabe a respeito de sua infância. Seus avós eram portugueses, com exceção de sua avó
materna, natural da cidade de São Paulo. Era o quarto filho dos sete que tiveram o casal Domingos da
Silva Santos e dona Antônia da Encarnação Xavier. Dentre eles, Domingos e Antônio se ordenaram
padres, José chegou à patente de capitão, além de três moças, Maria, Eufrásia e Antônia.
3-Sebastião Ferreira Leitão era dentista e, vendo que o menino se
mostrava bastante interessado na profissão, aos poucos passou a lhe ensinar os rudimentos do ofício.
Dizem que ele se dedicou com tal afinco a este trabalho, que logo já era capaz de arrancar dentes com
bastante ligeireza e fazia próteses muito semelhantes a dentes verdadeiros. Foi uma atividade que
desempenhou ao longo de toda a sua vida, mesmo quando exercia as funções de alferes na Companhia
dos Dragões. Muitas vezes, tratava seus pacientes sem nada lhes cobrar, bastando para si apenas a
certeza de que estava levando alívio e conforto aos seus semelhantes.
4- Teria Tiradentes sido o “primo pobre” da inconfidência, como afirmam alguns historiadores, que
quiseram ver no movimento pela libertação da pátria apenas um enorme calote que senhores abonados da
colônia quiseram aplicar na Real Fazenda, quando souberam que teriam parte de suas fortunas
confiscadas pela decretação da derrama? Senão, vejamos.
É verdade que o alferes morava em uma residência alugada, pertencente a um padre chamado
Joaquim Pereira de Magalhães, o qual chegou a pedir indenização à Coroa, quando a sua casa foi
demolida e o terreno salgado, de acordo com a sentença da Alçada. Quando se procedeu ao sequestro
dos bens de Tiradentes, no dia 25 de maio de 1789, encontraram-se os seguintes bens em sua casa: duas
canastras de couro preto, cinco pratos, duas tigelas com tampas, quatro pires com cinco tigelas de
Castela, sete pratos de estanho pequenos e três grandes, dois frascos de vidros grandes, uma palmatória
de latão, uma escumadeira, um caldeirão pequeno de cobre coma sua tampa, um candeeiro de latão, um
almofariz de bronze, uma espada, três barris, um capacete de couro, uma carteira com duas fivelas de
prata, uma cana com seus aros de prata, uma peneira de seda, quatro livros, uma rede de algodão, um
chairel, três fardas de pano azul, uma cama, uma gamela grande, dois coldres de couro, cinco colheres de
metal, muitas roupas, pois Tiradentes era vaidoso, navalhas para barba, fronhas da Bretanha, bolsa de
guardar ouro, fivela de prata. Não era muita coisa. Além disso, foi sequestrado o seu sítio, localizado na
Rocinha da Negra. Teria ainda um relógio inglês da marca S. Elliot, que trazia elegantemente pendurado
no bolso das calças em datas especiais. No Museu da Inconfidência, existe um relógio, que pode ser este
do alferes, embora não haja cem por cento de certeza quanto a isso. O senhor Flávio Dias de Carvalho,
junto de uma comissão de especialistas encabeçada pelo historiador Augusto de Lima Júnior, analisaram
o relógio, mas não chegaram a uma conclusão definitiva se ele pertencera de fato a Tiradentes. De acordo
com os Autos de sequestro, tratava-se de “um relógio inglês, com duas caixas de prata, uma de tartaruga e
mostrador de esmalte, do autor S. Elliot, de nº 5503”. O relógio que se encontra no Museu da
Inconfidência tem o número 6515, não consta o nome do autor e parece ser francês, em virtude das
palavras “avance” e “retard” no mecanismo. Todavia, estão gravadas as iniciais “J. J. S. X.”, além da
data “23 – 2 – 1780” e um nome, “D. Anna Fran.ca”. Quem teria sido dona Ana Francisca é um mistério
completo. Outro historiador bastante conceituado, Oiliam José, não acredita que este relógio tenha
pertencido a Tiradentes.
5- Com a morte de seu pai em 1757, o jovem rapazinho viu-se obrigado a ir atrás de trabalho para
ajudar a família. Pouco tempo se dedicou a cultivar a terra, pois não lhe agradava ser lavrador. Decidiu,
portanto, morar com o seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão, que passou a lhe ensinar o ofício de
arrancar dentes, como já ficou dito. Na verdade, a profissão de dentista foi uma atividade secundária de
Joaquim José da Silva Xavier que, mesmo depois de ter ingressado para a Companhia dos Dragões,
continuou a exercê-la sempre que podia. Através dela, conseguia entrar na casa de senhores abastados,
tendo acesso a muitas residências onde seus colegas inconfidentes não podiam penetrar. Graças a isso,
pôde conhecer muita gente importante e sondar os seus reais interesses quanto ao movimento de
libertação da pátria.
6-Regressando para Vila Rica, ainda tentou voltar ao comércio, mas não obteve êxito. Sem muitas
alternativas, decidiu ingressar na 6ª Companhia dos Dragões. O posto que ele ocupou logo após o seu
ingresso também é outro problema biográfico bastante contraditório. Parte dos historiadores bate-se pela
tese de que Tiradentes teria passado antes por cargos inferiores, como cabo, furriel e sargento até ser
promovido a alferes em 1776, quando foi criado o Regimento de Cavalaria Regular, pela junção das
antigas Companhias de Dragões. Outros historiadores alegam que ele entrou para a carreira militar já no posto de alferes e nisto parou, sem jamais ter sido promovido.
7- como teria sido a vida amorosa de Tiradentes?
Até onde se sabe, o alferes não foi muito feliz no amor. Ele era bastante mulherengo e teve várias
mulheres, mas todos os seus casos foram efêmeros. Gostava das mocinhas trigueiras, sobretudo se fossem
novas. Porém, não se casou na igreja, permanecendo solteiro por toda a vida. De acordo com o cônego
Luís Vieira da Silva, um dos personagens mais importantes da inconfidência mineira, Joaquim José
adorava frequentar prostíbulos e vivia prometendo prêmios futuros para as meretrizes, tão logo a
república se formasse no Brasil, talvez para conseguir favores sexuais sem precisar pagar.
Nos Autos da Devassa, o Padre Rolim, outro sacerdote envolvido no levante até a medula e
personagem dos mais curiosos neste drama da História, revelou que Tiradentes teria se apaixonado por
uma sobrinha sua, chamada Ana. A garota contava apenas quinze anos, era filha de um irmão do padre, o
sargento-mor Alberto da Silva e Oliveira Rolim, e morava em Minas Novas. É provável que o alferes a
tenha visto pela primeira vez em uma missa, único local que os pais permitiam as filhas frequentarem sem
qualquer restrição e, por isso, as igrejas eram os ambientes preferidos para o namoro dos mancebos e
donzelinhas.
8- O alferes se encontra no Rio de Janeiro com José Álvares Maciel
Em 1787, Tiradentes já havia desistido do seu sonho de ser minerador, pois não conseguiu
encontrar ouro em suas terras na Rocinha da Negra. Também se achava profundamente desiludido com a
sua carreira militar. Afinal, dedicara-se tanto à profissão e nunca lembravam o seu nome para ser
promovido. Há mais de doze anos permanecia no cargo de alferes, enquanto que muitos de seus
subordinados já ocupavam postos superiores. Decide, pois, arriscar-se em campos que não possui estudo
algum, valendo-se apenas de suas ideias e de seu bom senso.
9- Muitas pessoas que tomaram parte no movimento da inconfidência eram homens importantes na
capitania de Minas, gente instruída e abastada. Se decidiram se aventurar em empresa tão arriscada, pois
o crime de lesa-majestade era o mais grave que um súdito poderia cometer, é porque estavam
desesperados. Embora ricos, quase todos deviam altas somas à Coroa, em virtude dos quintos e outros
impostos. Se a independência fosse proclamada, eles imaginavam que suas dívidas seriam perdoadas
pela nova república e, por isso, alegavam:
“Queremos a pátria independente, a cultura livre, a exploração livre, a
abolição dos impostos, que são o cativeiro e o roubo, a Universidade, e conosco a
Justiça, a Administração e o Governo”.
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