A REVOLTA DA VACINA
NICOLAU SEVCENKO
ALUNOS-RICHARD-LEONARDO
1-Acompanhava esses jovens oficiais, base do movimento que culminou na proclamaçãoda República, toda uma enorme gama de setores sociais urbanos,representada portrabalhadores do serviço público, funcionários do Estado, profissionais autônomos,pequenos empresários, bacharéis desempregados e pela vasta multidão de locatários de imóveis, arruinados e desesperados
2-O argumento do governo era de que a vacinação era de inegável e imprescindívelinteresse para a saúde pública. E não havia como duvidar dessa afirmação, visto existiremInúmeros focos endêmicos da varíola no Brasil, o maior deles justamente na cidade do Riode Janeiro.
3-Em 5 de novembro de 1904, foi criada a Liga contra a Vacina Obrigatória, como reação à medida aprovada em 31 de outubro. Uma dentre muitas que se disseminaram na imprensa carioca, a charge ao lado mostra o senador Lauro Sodré e o personagem popular “Zé Povinho” contra o sanitarista Osvaldo Cruz e o presidente Rodrigues Alves.
4-Sua importância para os amotinados provinha de a Liga significar, naquele momento de irresolução, um núcleo aglutinador de energias e decisões práticas. Os líderes da Liga perceberam isso com clareza e procuraram lançar temerariamente a multidão na ação insurrecional, por meio de discursos inflamados que pretendiam levar o movimento às últimas consequências. Mas, uma vez precipitada a avalanche, a Liga perderia completamente qualquer meio de controle sobre a revolta que ajudara a desencadear.
5-Naquele dia de repouso, domingo, dia 12, às 14 horas, estava
literalmente tomada, pela multidão exaltada, a praça Tiradentes. Em vão, tentavam as autoridades e as patrulhas convencê-la de que deveria dispersar. É que estava anunciada para aquela hora, no gabinete do ministro da Justiça, uma reunião da comissão incumbida de assentar nas bases o regulamento da vacina obrigatória. Crescia o movimento de minuto a minuto, temendo-se acontecimentos graves.Vinha nessa ocasião da rua do Lavradio, num carro aberto ladeado pelo comandante da Brigada Policial, o chefe de polícia. Escoltava o veículo um piquete de cavalaria, e contornava a praça quando, ao passar em frente à Maison Moderne, rompeu intensa assuada. O carro começou a ser apedrejado.
6-Varela era o principal elemento de ligação entre os dois grupos, e o seu jornal, O Comércio do Brasil, ultra-agressivo e financiado pelos monarquistas, era o principal órgão de agitação do grupo conspirador.
7-Na Gávea, o numeroso operariado das fábricas de tecidos entrava a participar ativamente do motim.Na praça da República ocorria um encontro de formidáveis proporções entre povo e tropa.Naquele mesmo dia dava o presidente conta ao Congresso das graves ocorrências,Na quarta-feira, dia 16, reproduziam-se os tumultos, renovando-se os tiroteios, as cargas, as correrias, num ambiente de intranquilidade geral. Numerosos mortos e feridos. Notabilizou-se pela sua bravura um negro de porte e musculatura de atleta – Prata Preta. Era o chefe da sedição no bairro. Preso, foi conduzido,juntamente com outros companheiros de aventura,O bairro fora atacado por mar e por terra, tendo tomado posição para bombardeá-lo o encouraçado Deodoro. Cooperando com a força naval, marchou sobre a praça da Harmonia o 7º. batalhão de infantaria.
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