Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (não há registros oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.
Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continua trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
Santos. Pág. 39
Na margem direita do Rio das Mortes, localizava-se a Fazenda do Pombal, que pertencia à
jurisdição de São João Del Rei, embora o governo, em 1889, tenha dado o nome de Tiradentes para a
cidade de São José Del Rei. Nesta fazenda, foi morar um casal de agricultores brancos, cristãos velhos, o português Domingos da Silva Santos e sua esposa brasileira, dona Antônia da Encarnação Xavier. Após muito trabalho no amanho da terra, o agricultor prosperou, passando a se dedicar também à mineração.
Em pouco tempo, já possuía 35 escravos, embora não chegasse a ser rico. Com a consequente melhora de vida, Domingos resolveu se aventurar na política, tendo sido eleito para o cargo de vereador da Câmara de São José Del Rei entre 1755 e 1757. Também ocupou o cargo de almotacé, um importante posto de fiscal na época do Brasil colônia, função só exercida por pessoas de total confiança pelos membros do Senado da Câmara. Aos almotacés cabia fixar e taxar os preços dos gêneros alimentícios, cuidar da distribuição dos mantimentos e zelar pela exatidão de pesos e medidas.
3- Escreva explicando sobre Sebastião Ferreira Leitão. Pág. 40
Sebastião Ferreira Leitão era dentista e, vendo que o menino se mostrava bastante interessado na profissão, aos poucos passou a lhe ensinar os rudimentos do ofício.
Dizem que ele se dedicou com tal afinco a este trabalho, que logo já era capaz de arrancar dentes com
bastante ligeireza e fazia próteses muito semelhantes a dentes verdadeiros. Foi uma atividade que
desempenhou ao longo de toda a sua vida, mesmo quando exercia as funções de alferes na Companhia dos Dragões. Muitas vezes, tratava seus pacientes sem nada lhes cobrar, bastando para si apenas a certeza de que estava levando alívio e conforto aos seus semelhantes.
4- Teria Tiradentes sido o primo pobre? Explique. Pág. 41
Teria Tiradentes sido o “primo pobre” da inconfidência, como afirmam alguns historiadores, que
quiseram ver no movimento pela libertação da pátria apenas um enorme calote que senhores abonados da colônia quiseram aplicar na Real Fazenda, quando souberam que teriam parte de suas fortunas
confiscadas pela decretação da derrama? Senão, vejamos.
5- 1757. Com a morte do pai como Tiradentes passou a viver? Explique.
Pág. 42
Com a morte de seu pai em 1757, o jovem rapazinho viu-se obrigado a ir atrás de trabalho para
ajudar a família. Pouco tempo se dedicou a cultivar a terra, pois não lhe agradava ser lavrador. Decidiu, portanto, morar com o seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão, que passou a lhe ensinar o ofício de arrancar dentes, como já ficou dito. Na verdade, a profissão de dentista foi uma atividade secundária de Joaquim José da Silva Xavier que, mesmo depois de ter ingressado para a Companhia dos Dragões, continuou a exercê-la sempre que podia. Através dela, conseguia entrar na casa de senhores abastados, tendo acesso a muitas residências onde seus colegas inconfidentes não podiam penetrar. Graças a isso, pôde conhecer muita gente importante e sondar os seus reais interesses quanto ao movimento de libertação da pátria.
6- Tiradentes destacou-se como Alferes? Explique. Pág. 43
Por ser destemido e determinado, destacou-se como alferes, tornando-se um soldado exemplar.
Era ele quem sempre acabava sendo escolhido para ficar com as tarefas mais arriscadas e difíceis.
Mesmo assim, em quatorze anos que serviu como alferes, jamais foi promovido, enquanto que outros iam galgando os postos, ainda que tivessem ingressado na carreira militar bem depois dele. É provável que Tiradentes não tenha subido de cargo por ser mazombo[21], porque os portugueses não apreciavam a ideia de serem comandados por brasileiros.
7- E como teria sido a vida amorosa de Tiradentes? Pág. 44
Até onde se sabe, o alferes não foi muito feliz no amor. Ele era bastante mulherengo e teve várias
mulheres, mas todos os seus casos foram efêmeros. Gostava das mocinhas trigueiras, sobretudo se fossem novas. Porém, não se casou na igreja, permanecendo solteiro por toda a vida. De acordo com o cônego Luís Vieira da Silva, um dos personagens mais importantes da inconfidência mineira, Joaquim José adorava frequentar prostíbulos e vivia prometendo prêmios futuros para as meretrizes, tão logo a república se formasse no Brasil, talvez para conseguir favores sexuais sem precisar pagar.
8- Quem era José Álvares Maciel? Explique. Pág. 46
Tendo nascido em Vila Rica no ano de 1760, José Álvares Maciel pertencia a uma das famílias
mais ricas e importantes da cidade. Seu pai era o capitão-mor José Álvares Maciel, homônimo do filho, e sua mãe Dona Juliana Francisca de Oliveira Leite. Em 1782, embarca para a Europa com o objetivo de estudar na Universidade de Coimbra. Muitos historiadores afirmam que ele se formou em Ciências Naturais, mas o seu diploma, que se encontra hoje no Museu da Inconfidência, patenteia que o rapaz recebeu o “grau de Bacharel da Faculdade de Filosofia” no mês de julho de 1785, obtendo nota máxima de seus mestres, ou seja, “nemine discrepante”.
9- Gente instruída e abastada. Se a independência fosse proclamada. O
que alegavam? Pág. 49
pela nova república e, por isso, alegavam:
“Queremos a pátria independente, a cultura livre, a exploração livre, a
abolição dos impostos, que são o cativeiro e o roubo, a Universidade, e conosco a
Justiça, a Administração e o Governo”.
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