A REVOLUÇÃO FARROUPILHA
1- No que tornou-se a Revolução Farroupilha para a historiografia
tradicional? Pág. 03
A Revolução Farroupilha é, seguramente, o acontecimento mais festejado da
historiografia oficial do Rio Grande do Sul, e sobre o qual mais se tem escrito, em termos
regionais. É ainda o episódio através do qual a história rio-grandense tem a sua inserção mais clara na "história do Brasil", ou, pelo menos, é o acontecimento mais comumente lembrado em termos de história no qual se envolve o Rio Grande do Sul.
2- Qual função teve este discurso de tendência positivista? Pág.
03
Dentro de uma tendência idealista, os arautos da historiografia regional celebraram os feitos de seus "heróis" e visualizaram esse prolongado conflito da província contra o Império como uma verdadeira "epopeia". Ê claro que a longa duração do conflito (1835-1845) e o oferecimento de uma "paz honrosa" no final da guerra, sem que os farrapos tivessem sido vencidos no campo de batalha, foram elementos muito fortes para a construção do mito ou para a idealização do movimento.
3- Quando deu-se o incidente que propiciou a eclosão da revolta?
Pág. 17
O incidente que propiciou a eclosão da revolta deu-se no momento da inauguração da primeira Assembleia Legislativa Provincial, quando o presidente Fernandes Braga e o comandante de armas Sebastião Barreto Pereira Pinto acusaram Bento Gonçalves de conivência com caudilhos platinos, bem como de professar idéias republicanas.
4- O que dizia, em carta, Bento Gonçalves ao regente Feijó? Pág.
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Em carta ao regente Feijó, Bento Gonçalves explicava a posição da província:
"(...) Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta província extrema, afastada dos corrilhos e conveniências da Corte, dos rapapés e salamaleques, não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. (...) O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade."
5- A elite-riograndense. No que tinha fundamentado seu
patrimônio? Em outras palavras, no que constituíam-se? Pág.
20
Por exemplo, a dominação do Centro sobre o Sul, manifesta durante a Revolução Farroupilha e que levou os rio-grandenses à revolta e à insurreição armada, é melhor compreendida se for analisada à luz dos interesses de ambas as partes envolvidas. De um lado, aquele setor da classe dominante nacional que exercia o controle do poder político no país, exigindo submissão da periferia e — o que é fundamental — carreando recursos das províncias em função da economia central do país, o café, que se achava em expansão. Do outro lado, a conscientização, embora parcial, dos setores mais representativos da economia de uma região periférica, que sofria a explosão do Centro e que visualizava seu problema através da dominação política.
6- Por que a peonada serviu de massa de manobra? Pág. 20
A peonada, no caso, serviu como massa de manobra em mais uma prolongada campanha
militar, lutando por interesses que não eram os seus e em nome de ideais ou princípios cujo
significado não podia alcançar.
7- Em qual batalha e por quem foi proclamada a República
Riograndense? Pág. 21
Ainda no campo de batalha, o general farrapo Antônio de Souza Netto proclamou a república, ato este que foi reconhecido por uma série de Conselhos Municipais da região da Campanha.
8- O que aconteceu na ilha do Fanfa, rio Jacuí? Explique. Pág. 21
Em termos de reveses, os farrapos perderam neste período Porto Alegre e, na batalha da ilha do Fanfa, no rio Jacuí, poucos dias após a proclamação da república pelos farrapos, Bento Gonçalves foi preso e levado primeiramente para o Rio e após para o forte da Laje, em Salvador.
Em termos de reveses, os farrapos perderam neste período Porto Alegre e, na batalha da ilha do Fanfa, no rio Jacuí, poucos dias após a proclamação da república pelos farrapos, Bento Gonçalves foi preso e levado primeiramente para o Rio e após para o forte da Laje, em Salvador.
9- O ato de separação foi uma precipitação irrefletida? Explique.
Pág.21
O ato de sua separação e desmembramento não foi obra da precipitação irrefletida ou de
um caprichoso desacerto; mas uma obrigação indispensável, um dever rigoroso de consultar a sua honra, felicidade e existência altamente ameaçadas (...). Só empunha o gládio dos combatentes para cobrir-se e defender-se de uma odiosa agressão; faz neste momento o que fizeram tantos outros povos por iguais motivos, em circunstâncias idênticas
O ato de sua separação e desmembramento não foi obra da precipitação irrefletida ou de
um caprichoso desacerto; mas uma obrigação indispensável, um dever rigoroso de consultar a sua honra, felicidade e existência altamente ameaçadas (...). Só empunha o gládio dos combatentes para cobrir-se e defender-se de uma odiosa agressão; faz neste momento o que fizeram tantos outros povos por iguais motivos, em circunstâncias idênticas
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