Ciria Rayssa, Isadora.O - 8c
1- POR QUE Joaquim Silvério dos Reis, o primeiro delator, se mudou para Portugal? Como foi sua nova vida lá?
Inicialmente, perdeu grande parcela de seus bens. Seus escravos
tinham debandado e parte de suas terras havia sido tomada pelos seus inimigos. Além do mais, passou a ser hostilizado por uma fatia da população que simpatizava com o movimento inconfidente. Certa feita, estando diante da porta de sua casa, chegou a ser alvejado com tiros. Em outra oportunidade, espancaram um sujeito defronte à sua residência, porque o confundiram com ele, uma vez que a noite estava escura e o infeliz usava um casaco parecido com o seu. Chegaram mesmo a incendiar um armazém que funcionava
no piso térreo do sobrado onde ele morava, de maneira que Silvério só não sofreu maiores danos, pois conseguiram dominar o fogo. Sem amigos, sem ter com quem desabafar e destratado nas ruas por onde quer que ele fosse, Joaquim Silvério dos Reis precisou se mudar para Portugal em 1794 a fim de fugir ao inferno que estava vivendo. Lá, começa a receber as recompensas pelas quais tanto ansiara. Recebe das mãos do monarca o Hábito de Cristo e também o título de “Fidalgo da Casa Real”. Todas as suas terras, confiscadas na época de sua prisão, foram-lhe devolvidas. Também passou a receber uma tença de 200$000 (duzentos mil réis).
2- Como Joaquim Silvério se comportava na frente de outros? O mesmo tem algum irmão?
Joaquim Silvério dos Reis era baixo, gorducho, arrogante e brusco em suas maneiras. Barbacena o reputava como sendo um homem orgulhoso e de mau coração. Tinha a fala fina e era untuoso no trato com as pessoas. Para onde quer que fosse, levava sempre junto de si um psaltério, com o qual acompanhava as suas cantorias para disfarçar um pouco a voz irritante, uma vez que se imaginava um artista talentoso. Por causa disso, era conhecido por toda gente como Joaquim Saltério. Tinha também um
irmão no Brasil, certo João Damasceno, que, como Silvério, também não gozava da simpatia popular. Segundo Francisco Antônio de Oliveira Lopes, esse João Damasceno, mais conhecido por “João das
Maçadas”, junto de Silvério, eram os dois maiores maganões que tinham vindo de Portugal para as Américas.
3- Por que Joaquim Silvério denunciou a conjura?
Se denunciasse a conjura, acreditava que seria visto pela rainha como um súdito fiel e poderia ter a sua dívida perdoada. Desesperado, Silvério resolveu não arriscar e decidiu alcaguetar seus companheiros, julgando ser melhor
ficar com o certo e não com o duvidoso. Doze dias depois de ser intimado, correu ao palácio da Cachoeira do Campo e fez a sua denúncia ao governador.
4- Quantas vezes Joaquim Silvério dos Reis mudou o seu nome? Por quê?
Duas vezes. Por causa das perseguições que veio a sofrer por parte de pessoas do povo simpáticas à conjuração, ele decidiu mudar seu nome e passou a assinar Joaquim Silvério dos Reis Leiria Guites. Dois anos depois, resolveu trocar de nome mais uma vez, sendo chamado a partir de então de Joaquim Silvério dos Reis Montenegro.
5- Quem foi Joaquim Silvério dos Reis
foi o delator dos inconfidentes mineiros que planejavam libertar o Brasil do regime colonial português. Ele nasceu em Monte Real, povoação do conselho de Leiria, Portugual, no ano de 1756. Instalado no Brasil, era coronel da cavalaria das Gerais no Arraial de Borda do Campo ( hoje Antônio Carlos) na capitania das Minas Gerais. E também além de coronel da cavalaria era fazendeiro e proprietário de minas de ouro, numa época em que a mineração da região das Gerais. Era o polo econômico da capitania.
6- O que Joaquim fez quando soube do levante? Escreveu uma carta de delação, em 11 de abril de 1789, ao governador de Minas Gerais, Visconde de Barbacena, alertando as autoridades coloniais para a existência de um movimento em Vila Rica, que pretendia proclamar a República e libertar o Brasil de Portugual. A derrama foi suspensa e os principais líderes foram presos.
7- Qual a data da morte de Joaquim? E com que idade morreu? Joaquim Silvério dos Reis, segundo alguns historiadores, faleceu em São Luís, Maranhão, no dia 12 de fevereiro de 1819. Morreu com 63 anos.
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