1- Por que os paulistas achavam que tinham mais direitos sobre as lavras
de ouro? Explique. Pág. 14
Os paulistas achavam que tinham mais direitos sobre as lavras de ouro do que as pessoas das
outras capitanias. Para eles, quem não havia participado das bandeiras ou contribuído de alguma forma para a descoberta das minas, dando seu sangue ou sua própria vida para a conquista épica daqueles territórios ainda selvagens, não merecia agora repartir o lucro.
2- Quem os índios denominavam de emboabas? Na visão dos paulistas
quem seriam os emboabas? Pág.14
Os paulistas os chamavam pejorativamente de “emboabas”, que na Língua Geral Paulista significava
“pata peluda”. Os índios denominavam de emboabas certas aves que possuíam as pernas cobertas com penas. Como os portugueses costumavam usar calças compridas e botas, cobrindo toda a perna, o apelido impôs-se pela analogia. Portanto, na visão dos paulistas, emboabas seriam todos estes forasteiros que se dirigiram para a região das minas em busca de oportunidades.
3- Descreva o que aconteceu no episódio Capão da Traição. Pág.15
Um dos episódios mais sangrentos e trágicos da Guerra dos Emboabas deu-se nos arredores de
Cachoeira do Campo, que ficou conhecido na história como “Capão da Traição”. Nesta localidade, os
paulistas haviam sido derrotados pelos emboabas, então comandados por Bento do Amaral Coutinho.
Vendo-se cercados, os paulistas pediram trégua e foram anistiados pelo chefe emboaba, com a condição de que retornariam imediatamente para São Paulo.
4- Qual foi uma das consequências imediatas da Guerra dos Emboabas? O
que foi criada? Pág. 15
Uma das consequências imediatas da Guerra dos Emboabas foi que a Coroa se viu obrigada a
atuar de maneira mais decisiva e presente nas minas, organizando melhor a vida civil, política e
administrativa da região. A 9 de novembro de 1709, foi criada a capitania de São Paulo e Minas do Ouro (separada do Rio de Janeiro). Houve necessidade da coroa fiscalizar mais de perto a sua “galinha dos ovos de ouro”. Minas só seria definitivamente desmembrada de São Paulo através do Alvará de 2 de dezembro de 1720.
5- O que provocou a proibição de que ninguém mais poderia carregar ouro
em pó? Explique. Pág. 16
Ninguém poderia sair da capitania, levando ouro que não tivesse sido quintado. Aliás, a partir do
início do funcionamento das Casas de Fundição, ninguém mais poderia carregar ouro em pó. Esta medida provocou enorme descontentamento na população, pois nem todos tinham ouro suficiente para ser transformados em barras, como os mais pobres, que nunca juntavam o suficiente e, por isso, continuaram vivendo como se a lei não fosse com eles. Além do mais, tal proibição acabou gerando problemas sérios no comércio, uma vez que o ouro em pó constituía-se na principal moeda de troca da época, pois era fácil pesar e fragmentar.
6- O que previa o Alvará de 1557? O que estabeleceu a Coroa baseando-
se neste Alvará? Pág. 16
Um antigo Alvará de 1557 já previa a arrecadação do quinto, caso riquezas minerais como ouro
viessem a ser descobertas na colônia. Baseando-se neste documento, a Coroa estabeleceu o regime dos quintos no início do século XVIII e o primeiro sistema adotado, no tempo de Dom Antônio de
Albuquerque, foi o sistema de arrecadação por bateia, ou seja, por escravo que trabalhasse na mineração.
7- Houve aumento da receita real quando as Casas de Fundição
começaram a funcionar? Explique. Pág. 17
Dom João V assina uma lei criando as Casas de Fundição, mudando
novamente as regras para a cobrança do imposto. Proibia-se terminantemente a circulação de ouro em pó. Quem fosse apanhado com isso e não estivesse se dirigindo para as Casas de Fundição seria tratado como contrabandista, teria seus bens confiscados e poderia, até mesmo, ser deportado para a África. Era mais uma tentativa que visava acabar com o contrabando e que, evidentemente, não deu certo. Todo o ouro extraído das minas deveria ser levado até as Casas de Fundição, onde seria pesado e transformado em barras, recebendo o selo real.
8- O Plano. Qual sistema mais revoltas provocou? Explique. Pág. 18
Casas de Fundição pela capitação, porque desejava obter mais lucros. A desculpa dada foi que era
necessário acabar com a “ociosidade dos negros forros e vadios em geral”.
O plano foi colocado em prática após o novo governador, Dom André de Melo e Castro, o Conde
de Galveias, tomar posse a 1o de setembro de 1732. Estipulou-se que o valor pago seria da ordem de 17 gramas de ouro por escravo a cada seis meses. Terrível para o minerador que possuísse muitos escravos e minerava uma lavra fraca e também para os trabalhadores avulsos. E todos os escravos precisavam ser registrados. Talvez este tenha sido o sistema que provocou mais revoltas.
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